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sábado, 23 de outubro de 2010

Os 70 anos de P E L É...

No dia dos 70 anos de Pelé, ex-atacante lembra do América x Santos de 1957
Octacílio da Luz conta histórias de quem jogou com o Rei em Joinville

Lucas Balduíno | lucas.balduino@an.com.br


Hoje, Octacílio vive em São Francisco do Sul (onde nasceu),
com a mulher Maria França, um dos filhos, a nora e um neto
Foto:Salmo Duarte

Pelé fez 70 anos neste sábado. Em Joinville, Pelé e o Santos passaram quando sua majestade engatinhava no futebol, com 16 anos. Foi em 1957, para um amistoso com o América, um dos principais times do Estado. Uma passagem marcante na vida do atacante Octacílio da Luz, da equipe joinvilense, um dos poucos que ainda vive para contar a história.

No dia 17 de fevereiro de 1957, o América recebeu o Santos. Do lado joinvilense, a promessa de gols estava nos pés de Euclides, o craque do time, e de Octacílio. Do outro, a força ofensiva da equipe paulista era formada por Jair Rosa Pinto, Alfredinho, Durval e um garoto de 16 anos, ainda desconhecido, chamado de Pelé.

— Quando o Santos veio para cá, o grande nome deles era o Jair Rosa Pinto. O Pelé era reserva do Alfredinho, mas depois daquele jogo, ele não saiu mais do time —, lembra Octacílio, hoje com 73 anos.

Em Joinville, Pelé passou sem deixar a bola na rede. Mas aquele foi apenas o quinto jogo do Rei com a camisa do Santos. Até o final daquele ano, Pelé jogou mais 70 partidas pelo time da Vila e marcou 68 gols.

Hoje, Octacílio vive em São Francisco do Sul (onde nasceu), com a mulher Maria França, um dos filhos, a nora e um neto. Faz pouco mais de um ano que trocou Joinville por São Francisco.

— A Joinville de hoje não é mais como a de antigamente. Chega uma idade em que precisamos de sossego.

A Joinville de antigamente que o ex-atacante do América recorda era aquela em que as noites de jogos do América eram precedidas por uma tarde de sinuca no bar com os colegas. Foi em uma dessas tardes que Octacílio cruzou pela primeira vez com Pelé.

— Estávamos jogando sinuca no Centro em uma casa de jogos. Então, entrou a delegação do Santos e foi conversar com a gente. O Pelé era o mais calado de todos. Uma hora, o Jair (Rosa Pinto) falou: 'Tá vendo aquele negão ali? Não sabe nem falar, mas vocês vão ver o que ele vai fazer em campo' —, lembra Octacílio.

Naquele dia do amistoso, Pelé não conseguiu furar a meta defendida pelo goleiro Bosse. Mesmo assim, ficou marcado na memória de Octacílio como um garoto abusado, que driblava de longe e tinha uma habilidade impressionante.

— Quem jogou contra ele lembra da facilidade que tinha para driblar. A gente tentava parar, mas parece que tinha sabão nele.

A partida terminou com vitória do Santos por 5 a 0. Reza a lenda, que, ao final do jogo, a diretoria do Santos teria se interessado pelo Euclides dos Reis e oferecido Pelé como moeda de troca, mas a diretoria americana não aceitou o negócio.

— Não é lenda, isso aconteceu mesmo —, jura Octacílio.

Wilson Ferreira (Ferreirinha, como é conhecido
em Joinville, vive hoje da música...
Foto: Pena Filho
Ferreira, o companheiro

Nem todos que assistem, aos sábados, ao músico Wilson Ferreira dedilhar seu violão no Mercado Municipal de Joinville, conhecem a história por trás do artista. Ex-jogador de futebol profissional, Ferreira já foi chamado apenas de Wilson, quando atuava no Santos, ao lado de Pelé.

A passagem de Wilson pelo clube paulista durou três anos. Foi entre 1967 e 1969 que o ponta direita fazia questão de entregar bolas açucaradas para o Rei balançar a rede dos adversários. “Ele sabia fazer gol e não perdia chance, então a turma jogava para ele fazer”, relembra.

Em seu último ano no Santos, Wilson esteve na delegação que viajou para a África Central para alguns amistosos. O jogador ainda carrega na memória o episódio em que tribos rivais pararam a guerra civil para cuidar da segurança dos atletas brasileiros. “Só voltaram a guerrear quando nosso avião decolou. Esse era o tipo de poder que o Pelé tinha na época: o de parar guerras”, narra.

Ferreira mudou-se para Joinville nos anos 1970 para jogar no Caxias. Depois que abandonou o futebol, Wilson passou a se dedicar à música. “Eu só aprendi música quando parei de jogar. Na época de concentração, quem era metido a músico era o Pelé, que, como músico, era muito ruim”, confidencia, entre risos.
Fonte:
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18§ion=Esportes&newsID=a3085434.xml

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3084636.xml&template=4187.dwt&edition=15755§ion=888

Jornal “A Notícia”, Joinville, Santa Catarina



Vi Pelé jogar apenas no Cosmos, mesmo assim aos poucos jogos que passavam na TV. Quando o Brasil conquistou o tricampeonato no México, tinha apenas 6 anos. Vi a final na casa de meus padrinhos e do pouco que lembro, o que me chamou a atenção naquele jogo não foi Pelé e sim um nome que mais tarde me faria torcer pelo Fluminense: Rivellino. Só depois que Pelé encerrou sua carreira é que comecei a me interessar e procurar entender o futebol. Comecei então a entender o que representou para o esporte o cidadão Edson Arantes do Nascimeto.


De tudo que já li e vi em vídeos, não há como não afirmar: foi realmente o melhor jogador de todos os tempos. Seus números são impressionantes e não vi até hoje jogador que lhe se compare – até mesmo Garrincha (que também não vi jogar). Mas para não entrar no eterno debate de quem foi melhor “Pelé ou Garrincha”, ouso apenas afirmar pelo que li e vi em vídeos sobre os dois que Pelé jogava com e sem a bola, era cerebral, tinha todos os fundamentos completos (bom finalizador - há quem afirme que era ambidestro -, bom cabeceador, passador, driblava com inteligência e objetividade, era bom defensor (para quem duvida, assista ao tapes da Copa de 70 e constate que praticamente atuou muito mais no meio campo que no ataque como o fizera nas outras copas ou no grande Santos), batia faltas e pênaltis com precisão, enfim, um jogador completo.


Já Garrincha era a alegria do povo, driblava quem lhe estivesse a frente e a hora que queria... Era magistral, mas entendo que jogava mais com a bola ao contrário de Pelé, que como citei, também sabia jogar sem ela. Em comum tinham o fato de quase sempre não serem marcados, tal a facilidade como jogavam e objetivavam sempre o gol.


Números são eternos, e Pelé é insuperável até ao lado de Garrincha: com os dois atuando pela Seleção nunca perderam um jogo. Impressionante!
Hoje o rei do futebol faz 70 anos e dia 19 de novembro serão completados 41 anos de sua marca histórica: o seu milésimo gol, marcado no Maracanã contra o goleiro argentino Andrada do Vasco da Gama.
Com os depoimentos publicados acima e com este pequeno comentário, presto homenagem a este gênio denominado PELÉ. Longa vida ao rei...


Gilberto Moreira da Silva